Como os médicos veem A.A.
Desde o apoio inicial do Dr. Silkworth a Alcoólicos Anônimos, médicos e associações médicas de todo o mundo nos têm concedido sua aprovação. Apresentamos em seguida excertos de comentários feitos por médicos presentes à conferência anual de 1944 da Associação Médica do Estado de New York, onde foi lida uma tese sobre o AA:
Dr. Foster Kennedy, neurologista:
"Esta organização dos Alcoólicos Anônimos apela para duas das maiores reservas de força conhecidas pelo homem: a religião, e esse instinto de ligação com os semelhantes [....], o 'instinto gregário'. Creio que nossa classe deve tomar conhecimento e apreciar essa grande arma terapêutica. Se assim não fizermos, seremos culpados de esterilidade emocional e condenados por ter perdido a fé que move montanhas, sem a qual pouco a medicina pode fazer".
Dr. G. Kirby CoIlier, psiquiatra:
"Senti que o AA é um grupo que vive independentemente e que obtém os melhores resultados seguindo sua própria orientação, em consequência da filosofia que adota. Qualquer conduta terapêutica ou filosófica que demonstre um índice de recuperação de 50 a 60 por cento deve merecer nossa consideração".
Dr. Harry M. Tiebout, psiquiatra:
"Na qualidade de psiquiatra, meditei muito a respeito das relações de minha especialidade com o AA, tendo chegado à conclusão de que nossa função específica pode muitas vezes consistir em preparar o caminho para que o paciente aceite qualquer espécie de tratamento ou ajuda externa. Para mim, agora, a tarefa que cabe ao psiquiatra é a de romper as resistências internas do paciente, de forma que aquilo que está dentro dele se desenvolva como acontece quando está sob a ação do programa de A.A"
Falando pela rede de emissoras de NRC em 1946, sob os auspícios da Associação Médica Americana, declarou o Dr. W. W. Bauer:
"Os Alcoólicos Anônimos não são missionários; nem uma associação antialcoólica. Eles sabem que jamais devem beber. Ajudam outros que tenham problemas semelhantes. [....] Nesse ambiente, o alcoólico muitas vezes vence sua excessiva concentração em si mesmo. Aprendendo a depender de uma força superior e a ficar absorvido pelo trabalho com os outros alcoólicos, ele permanece sóbrio, dia após dia. Os dias se transformam em semanas, as semanas em meses e anos".
Fazendo referência a seus contatos com o A.A., disse o Dr. John F. Stouffer, psiquiatra chefe do Hospital Geral de Filadélfia:
"Os alcoólicos que recebemos aqui no Geral de Filadélfia são, na maioria, aqueles que não têm recursos para um tratamento particular, sendo o AA. de longe o melhor que temos podido oferecer-lhes. Mesmo entre os raros que aqui acabam vindo de novo, observamos uma profunda modificação em suas personalidades. Mal se pode reconhecê-los".
A Associação Americana de Psiquiatria solicitou, em 1949, que um dos antigos membros de Alcoólicos Anônimos preparasse uma tese para ser lida em sua conferência daquele ano.
Foi atendida a solicitação, tendo a tese sido publicada pelo American Journal of Psychiatry, em novembro de 1949.
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